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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013


                 Dias de chuva

    Era terça-feira e o céu estava cinza, a chuva caia como lágrimas no rosto, e eu estava sentado pensando na vida, no amor e na dor que um amor traz.

    O frio era tão intenso que batia os ossos uns nos outros e ficava esperando ela chegar, mas ela não chegou, e como ela não veio o amor também não. Fiquei sozinho em meio minhas lágrimas.

    Solidão foi o que eu senti, sem ninguém ao meu lado para dividir segredos, para contar histórias. Sinto falta; falta de seu beijo e do seu olhar arrebatador que me dizia qual a razão de existir.Você foi tudo em mim; tudo o que eu era,tudo que eu pensava e falava, tudo o que eu fazia e sentia. Você foi tudo e ainda sim você é tudo.

    Olhando para a chuva percebi que você ainda existe, por incrível que pareça, você ainda me faz sonhar, ainda me faz amar, ainda me faze odiar. Nunca irei esquecer o seu perfume, aquele aroma agradável que sentia quase toda a noite. E por mais absurdo que seja ainda continuo sentido.

    Eu já sei que faz um ano que você se foi, nunca irei esquecer esse dia. Você estava mais linda do que nunca, vestia um vestido vermelho lindo e inesquecível. Mas um acidente acabou com tudo, com esperanças e planos, com sonhos e desejos, destruiu tudo, cada pedacinho de amor que existia em mim.

    Agora olhe para o céu, o sol voltou a brilhar outra vez, para dizer que recomeçou uma nova chance; uma chance de mudar, de ser diferente do que costuma ser. Claro que novos amores virão, isto não tenho dúvidas, mas você; você foi meu mais absurdo e impulsivo amor.

    E isto tudo aconteceu para minha vida mudar de rumo e de trajetória. Tudo isso aconteceu naqueles dias de chuva.

                                                                                     Ramon Ramires

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